quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Uasherati
«O turismo em Moçambique registou no ano passado um crescimento de 37%, o maior a nível mundial, seguido do Quénia com 26%, de acordo com dados da Organização Mundial do Turismo (OMT)».
Noutro dia ocorreu-me que o Turismo está para as actividades económicas como a prostituição está para uma pessoa. “Quando não tens mais nada para dar… dá o teu corpo e recebe uns cobres por isso”. “Quando não tens actividades rentáveis no teu país então abre as portas e que entrem os forasteiros…”.
O Turismo é sempre o caminho mais fácil. Num mundo em crescente globalização um país bom numa determinada indústria especializa-se e tenta ser o líder mundial nesse sector. Quem não tem talento – ou pelo menos é preguiçoso e não aposta num dos seus talentos – entrega a sua Alma ao facílimo Turismo.
É fácil abrir as portas do país, mostrar aquilo que temos de melhor e ficar sentado à espera de tipos de chanata e camisas coloridas.
O preço a pagar é a descaracterização. Recebemos dinheiro mas passamos a ser mais um bairro da tal Aldeia Global. Apenas mais um, igual a tantos outros.
Portugal também tem ido por aqui e eu acho errado.
É claro que o Turismo feito com pés e cabeça – sustentável – pode servir como complemento à economia de um país. Agora assentar a economia do país apenas no Turismo pode vir a tornar-se um erro tremendo.
Uasherati: prostituição, em Swahilli.Etiquetas: #Moçambique
Por Afonso Vaz Pinto ::
19:37 ::
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