terça-feira, abril 25, 2006
Democracia
De tudo o que Abril trouxe e levou, a Democracia é certamente aquela que mais me toca. De esquerda ou de direita, um democrata está sempre atentento e interessado pelo outro. Aqui fica o Zeca Afonso e um côro alentejano (do melhor) a cantar o "Grandola", a segunda senha do golpe de 1974.
Por Afonso Vaz Pinto ::
21:40 ::
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domingo, abril 23, 2006
Campeões
E, pronto, digamos que será justo dizer... que ganharam os melhores. Porto, Porto, Porto, Porto! Fica aqui o hino oficial. Uma verdadeira obra d'arte cantado por Maria Amélia Canossas.
Oh, meu Porto, onde a eterna mocidade
Diz à gente o que é ser nobre e leal.
Teu pendão leva o escudo da cidade
Que na história deu o nome a Portugal.
Refrão
Oh, campeão, o teu passado
É um livro de honra de vitórias sem igual
O teu brasão abençoado
Tem no teu Porto mais um arco triunfal
Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto, Porto, Porto
Porto, Porto, Porto
Quando alguém se atrver a sufocar
O grito audaz da tua ardente voz
Oh, Oh, porto, então verás vibrar
A multidão num grito só de todos
Refrão
Por Afonso Vaz Pinto ::
23:28 ::
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quinta-feira, abril 20, 2006
Decobrencantado
"Com arranco, calou-se. Como arrependido de ter começado assim, de evidente. Contra que aí estava com o fígado em más margens; pensava, pensava. Cabismeditado".
À primeira vista parece Mia Couto. Mas não. É-lhe anterior e a sua escrita inspirou o escritor moçambicano de livros como "Mar me quer", "Vozes anoitecidas" ou "Pensatempos", este último onde eu descobri o escritor brasileiro João Guimarães Rosa. Um achamento...
Eis o que escreveu Carlos Drummond de Andrade
aquando da morte de Guimarães Rosa em 1967.
Este texto prefacía o livro de contos Primeiras Estórias,
que ando a ler aos bochechos, bem devagarinho...
"Um chamado João"
"João era fabulista?
fabuloso?
fábula?
Sertão místico disparando
no exílio da linguagem comum?
Projetava na gravatinha
a quinta face das coisas,
inenarrável narrada?
Um estranho chamado João
para disfarçar, para farçar
o que não ousamos compreender?
Tinha pastos, buritis plantados
no apartamento?
no peito?
Vegetal ele era ou passarinho
sob a robusta ossatura com pinta
de boi risonho?
Era um teatro
e todos os artistas
no mesmo papel,
ciranda multívoca?
João era tudo?
tudo escondido, florindo
como flor é flor, mesmo não semeada?
Mapa com acidentes
deslizando para fora, falando?
Guardava rios no bolso,
cada qual com a cor de suas águas?
sem misturar, sem conflitar?
E de cada gota redigia nome,
curva, fim,
e no destinado geral
seu fado era saber
para contar sem desnudar
o que não deve ser desnudado
e por isso se veste de véus novos?
Mágico sem apetrechos,
civilmente mágico, apelador
e precipites prodígios acudindo
a chamado geral?
Embaixador do reino
que há por trás dos reinos,
dos poderes, dassupostas fórmulas
de abracadabra, sésamo?
Reino cercado
não de muros, chaves, códigos,
mas o reino-reino?
Por que João sorria
se lhe perguntavam
que mistério é esse?
E propondo desenhos figurava
menos a resposta que
outra questão ao perguntante?
Tinha parte com... (não sei
o nome) ou ele mesmo era
a parte de gente
servindo de ponte
entre o sub e o sobre
que se arcabuzeiam
de antes do princípio,
que se entrelaçam
para melhor guerra,
para maior festa?
Ficamos sem saber o que era João
e se João existiu
de se pegar."
Por Afonso Vaz Pinto ::
19:19 ::
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Pedras...
Recebi um mail com isto...
«Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá a falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.»
"Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
(Fernando Pessoa)
Por Afonso Vaz Pinto ::
14:53 ::
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quarta-feira, abril 19, 2006
Habemus Fotum
O meu avô é o terceiro... ops... o quarto a contar da esquerda...
No dia em que se celebra o primeiro aniversário do pontificado de Bento XVI, eis que divulgo ao mundo uma chapa em que o meu avô (Alfredo Vaz Pinto) contracena com outro sucessor do trono de São Pedro, o Papa Paulo VI. Habemus Fotum!
ps: continuo com saudades de João Paulo II
Por Afonso Vaz Pinto ::
18:59 ::
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Munzuco
AVP
Depois de mais um dia de jornal me olho ao espelho e nele reflito a imagem desse leão... Munzuco tem mais.
* Munzuco - Amanhã, em Changano.
Por Afonso Vaz Pinto ::
00:44 ::
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terça-feira, abril 18, 2006
É pau, é pedra
sonorama.net
Tom Jobim e Elis Regina,
é monarquia da lusofonia.
Essa merece não ser música só, leva junto o esqueleto...
Águas de março
É pau, é pedra, é o fim do caminho
é um resto de toco, é um pouco sozinho
é um caco de vidro, é a vida, é o sol
é a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
é peroba do campo, é o nó da madeira
caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
é o mistério profundo
é o queira ou não queira
é o vento ventando, é o fim da ladeira
é a viga, é o vão, festa da cumeeira
é a chuva chovendo, é conversa ribeira
das águas de março, é o fim da canseira
é o pé, é o chão, é a marcha estradeira
passarinho na mão, pedra de atiradeira
Uma ave no céu, uma ave no chão
é um regato, é uma fonte
é um pedaço de pão
é o fundo do poço, é o fim do caminho
no rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego
é uma ponta, é um ponto
é um pingo pingando
é uma conta, é um conto
é um peixe, é um gesto
é uma prata brilhando
é a luz da manhã, é o tijolo chegando
é a lenha, é o dia, é o fim da picada
é a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
é o projeto da casa, é o corpo na cama
é o carro enguiçado, é a lama, é a lama
é um passo, é uma ponte
é um sapo, é uma rã
é um resto de mato, na luz da manhã
são as águas de março fechando o verão
é a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
é um resto de toco, é um pouco sozinho
é uma cobra, é um pau, é João, é José
é um espinho na mão, é um corte no pé
são as águas de março fechando o verão
é a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
é um resto de toco, é um pouco sozinho
é um passo, é uma ponteé um sapo, é uma rã
é um belo horizonte, é uma febre terçã
são as águas de março fechando o verão
é a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
é um resto de toco, é um pouco sozinho
É pau, é pedra, é o fim do caminho
é um resto de toco, é um pouco sozinho
Pau, pedra, fim do caminho
resto de toco, pouco sozinho
Pau, pedra, fim do caminho,
resto de toco, pouco sozinho
Por Afonso Vaz Pinto ::
00:09 ::
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segunda-feira, abril 17, 2006
É Savana, é Sertão
puzzlehouse.com
Essa que não sabia não. Que o inglês lhe chamava Savana e o português Sertão.
Se insinuou isto nesta
aventura que ando a ler.
Por Afonso Vaz Pinto ::
23:53 ::
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Kamante
Técnica mista: Peter Beard
Kamante, a ovelha negra que guarda o rebanho e é recolhido por Karen Blixen. Não o do filme. O verdadeiro. Que ainda serviu Peter Beard no sopé dos montes Ngong.
Por Afonso Vaz Pinto ::
23:37 ::
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O Monstro e a Sombra
Me começa ocorrendo. Que foi erro acertar no Iraque. Não por ser errado emsimesmado. Mas por ser apenas a sombra do ensombrado. E essa outra sombra aí está. Todo cheio dele, todo cheio delas, das massivas bombas. Não é que foi que acertaram na sombra deixando o monstro ao lado?
Tirei o boneco daqui:
Por Afonso Vaz Pinto ::
00:54 ::
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Simplestória
Fonte: vp.ee
Bom filme este. Uma simples história. Um miúdo. Uma Chita. E África... duas horas bem passadas. (Vi o filme em DVD - para ver mais é clicar aqui).
Por Afonso Vaz Pinto ::
00:05 ::
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domingo, abril 16, 2006
Brásiu
Fonte: ec1.images-amazon.com
Belo fim-de-semana. Passado a ouvir este tema da Simone - "É Festa". Num dos meus estilos musicais preferidos, a "bossa nova". É deste Brasil que eu gosto. Da Bossa Nova, não do Samba. Do Rio de Janeiro e Amazónia, não das praias do nordeste. São gostos... e isto sem nunca lá ter ido. Talvez este ano, quem sabe. Mas uma coisa fica: ainda bem que inventámos o Brasil...
Por Afonso Vaz Pinto ::
23:42 ::
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segunda-feira, abril 10, 2006
Um post
Tirei esta chapa em Agosto de 2005, no Kruguer, África do Sul
Como já deu para reparar, não tem havido nesga para escrever nada no Mar me quer... mas hoje decidi quebrar o ciclo e voltar ao vicioso gosto por África, com um post, claro. Tenho saudades e espero conseguir lá ir este ano. Moçambique ou, quem sabe, Angola. Nakumbela Xicuembo, Nakumbela!
Por Afonso Vaz Pinto ::
20:15 ::
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