Mar me quer


       







                                                  

                                                                                                                                                              


                                                                     

quinta-feira, março 13, 2008

Happiness is real only when shared*


Christopher McCandless na vida real (esq.) e cartaz do filme (dir.)

Lagar tudo e partir: o último grito no que toca a libertação espiritual que nos pode salvar da horrífica teia esmagadora que a sociedade ocidental criou para triturar as suas vítimas, nós, os pobres coitados controlados por um Big Brother bué-de-mau que nos controla à distância de um botão. Assim pensa o comum dos iluminatos que pululam na vanguarda de uma geração gorda e muito aborrecida, como a nossa.
Vem isto a propósito do filme “Into the wild” (trad: “O Lado Selvagem”), realizado por Sean Penn, que conta a história verídica de Christopher McCandless, um jovem norte-americano na casa dos vinte que decide doar os 24 mil dólares que tinha na conta, mudar de nome (para Alex Supertramp), largar tudo e partir numa viagem rumo ao Alasca e à sua própria libertação.
Não sei até que ponto esta necessidade de fugir da própria sombra não é, apenas, uma forma sofisticada do egoísmo natural com que vimos parar a este mundo. Não sei até que ponto a liberdade é um valor omnipotente (!) que não possa conviver com aquilo que nos faz materiais – o vínculo, à terra, aos outros. Não sei até que ponto a solidão não será uma forma pretensiosa de umbiguísmo e alheamento fútil de forçarmos o universo à nossa moldura e às nossas medidas. Não sei muito mais coisas... mas sei que – e o fim do filme/história deste gajo vai nesse sentido – não é a fuga, o desvinculamento ou a solidão que nos dão liberdade, mas antes a possibilidade infinita que temos ao nosso alcance de entrega aos outros, de fazermos parte, de acrescentar.
Conclusão: o filme é bom, a companhia foi melhor, os bancos do Corte Inglês são uma m...

Livro: estou a meio do livro e a adaptação é excelente. Transmite a mensagem (híbrida) que Jon Krakauer, o escritor, quis passar. (Trailer do filme aqui)

* Frase escrita por Christopher McCandless muito lá p’ro fim do filme/aventura

    Por Afonso Vaz Pinto :: 17:01 :: 0 Comentários

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