Desde 25 de Maio de 1963 que se festeja o "dia de África". Tudo começou em Adis Abeba, capital da Etiópia, quando nasceu a Organização da Unidade Africana que entretanto deu lugar à União Africana. Parabéns, então.
Não há registo de ataques aos cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes a viver na África do Sul. Já morreram 24 pessoas entre Zimbabueanos, Nigerianos e Moçambicanos.
Desde a queda do Apartheid que não se tinha visto uma onda de violencia tão forte na África do Sul. Desta feita 13 pessoas já foram mortas - todas estrangeiras provenientes de países vizinhos mais pobres como o Zimbabué - durante os ataques racistas perpetrados por sul-africanos negros como protesto contra a falta de emprego e a imigração ilegal. A tempestade está agora mais tarde e visará o último reduto dos brancos naquele país. Só a longa vida de Mandela poderá ainda acalmar o país mais rico de África. Caem os primeiros pingos da tempestade.
Excerto da entrevista de Bob Geldof ao semanário Expresso. Às vezes é preciso vir um artista - a falar estrangeiro, claro! - para que em Portugal se pense um bocadinho mais nas coisas.
O que faria em relação a África se fosse o chefe do governo português? O problema dos pequenos países como o vosso é que se sentem automaticamente que os grandes como o Reino Unido, a Alemanha ou a França é que contam. É verdade, por causa da sua população e da grande dimensão das suas economias. Mas Portugal é, entre os pequenos países da Europa, o que tem maior influência em África por causa do seu passado, tem capacidade de influência em países como Angola, Moçambique ou Brasil, países absolutamente críticos do século XXI. Isto dá-vos um papel histórico, porque têm competências específicas para actuar nesses países, como a França nos países africanos francófonos. A Europa escuta-vos nesta área. Depois, Portugal é uma economia pequena, mas outros pequenos países europeus como a Irlanda, Bélgica, Holanda, Suécia, Áustria também se preocupam com África e procuram uma liderança, e se vocês constituírem um bloco, os grandes países europeus não vão gostar, mas os pequenos vão dizer que querem alterar a política europeia em matéria de ajuda internacional, tal como aconteceu na Cimeira de Lisboa. Os europeus têm de olhar para a posição geoestratégica de África e Portugal está exactamente na posição certa - pelo seu passado, pela Cimeira EU/África na presidência portuguesa - para levar esta ideia para a frente. Têm o direito de liderar e devem liderar. (ler mais)
BBC: Somális protestam na capital, Mogadishu, sobre a subida de preços e pelo facto de os comerciantes já não aceitarem shillings somalis por causa de inflacção alta.
Frase dita por Bob Geldof, ontem em Lisboa, na conferência Futuro Sustentável promovida pelo Banco espirito Santo. O Banco demarcou-se destas declarações através de comunicado e para manter as boas relações que tem com as pessoas atacadas pelo cantor inglês. Bob Geldof estraga a festa ao BES e deixou as autoridades angolanas em pé de guerra.
África continua a ser um tabuleiro de xadrez onde o mundo vai jogando a seu bel-prazer. Desta vez uma das potências internacionais que mais cartas está a dar neste jogo, a China, pretende descarregar no continente um navio inteiro de armas que possam ser utilizadas numa futura guerra cujo palco fica no Zimbabué. Serão os chineses os maus da fita? Não, não serão... pelo menos sozinhos. Porque se sabemos que existe um navio a ter problemas para atracar em África (foi recusado primeiro em Moçambique, depois na África do Sul, finalmente aguarda luz verde em Angola) podemos imaginar que tantos outros irão já a caminho e se é que já não terão chegado. E de ambos os lados da contenda. África continua a prestar-se a ser apenas um tabuleiro. E a desculpa do colonialismo já tem mais de 50 anos na maioria dos casos.
Imagem de rosto do 'Mar me quer' cedida por Bernardo SC
Chapas
Inhaca - Namaacha, Moçambique 2001
Namaacha, 2001 (AVP) e (Ingrid)
Ilha de Moçambique (AVP) e Pemba, 2002 Moholoholo, África do Sul, 2005 (AVP)
Murchison Falls, Uganda, 2006
Murchison Falls, Uganda, 2006
Entebbe, Uganda, 2006
Eu, há muitos anos
Pemba 2002 Momemo 2003 (Moçambique) e Gambozinos 2005 (Ponte de Lima)