sexta-feira, novembro 12, 2010

Da bondade ou da maldade dos mercados

Por estes dias, de crise de ideias mais do que de dinheiro, tem-se falado até à exaustão dos "malditos" mercados internacionais. Mas o que são essas entidades criadas pelo culto capitalista que fecundou este mundo? O Governo, já sem argumentos, insiste numa visão malévola e horripilante destas entidades gananciosas, de charuto na boca, gordas, que esmagam economias periféricas e desprotegidas. Outros, dizem-nos para termos cuidadinho com essa boa gente que mais não faz do que seguir as regras capitalistas e próprias de uma civilização democrática.

A primeira tentação aqui é encontrar a média, a moda e a mediana e definir o que serão afinal os mercados internacionais. A ratoeira deste raciocínio reside no facto de estas entidades não serem nem bons, nem maus... muito menos mornos... são computadores. Hoje, 70% das transacções na bolsa Wall Street, nos EUA, são feitas por mega-computadores que decidem, compram e vendem à velocidade da luz... sem valores, sem intenções, sem fábulas...

Não estará na altura de falarmos do que verdadeiramente interessa? Produção e exportação... does it ring a bell?

Ver uma reportagem interessante sobre o assunto feita pela "excelência de conteúdos" (cit. Mário Crespo) que é a CBS no programa 60 Minutes (aqui).

Por Afonso Vaz Pinto