Mar me quer


       







                                                  

                                                                                                                                                              


                                                                     

terça-feira, janeiro 28, 2020

O Partido de Cristal

A tentação de fazer trocadilhos é muita. Do nome da ex-líder, às enésimas alusões ao Congresso do Cerco, até à bola de cristal porque mais do que outro conclave se definia o futuro (havendo) dos centristas.

Opto pela cristaleira e pelo elefante que acaba de entrar no goto de analistas, esquerdistas, direitistas e portistas.

 Quarenta e seis por cento depois, a via chiquista abre uma brecha grande de mais para que não mude tudo no partido que foi (ainda é) o de Portas.

Mais importante de tudo isto é o regresso à matriz Democrata Cristã. Tal como o PSD de Rui Rio - que guinou para a social democracia -, o Centro Democrático e Social (aka CDS) quer reinventar-se e voltar às origens e aos princípios fundadores, buscando nas raízes a resposta para as lutas que estão por vir, com os valores (cristãos) no centro e o resto por acréscimo.

 Num momento crucial para as direitas (pois as esquerdas andam inchadas, até para lá das suas possibilidades) será importante a afirmação deste miúdo como o garante de uma direita que valeu cada centímetro do que foi conquistando. Agora mais conservadora, antes mais popular.

No Expresso, o David Dinis lembrou a estratégia declarada, nas palavras do Chicão do Congresso e como quer deixar de ser Chiquinho para o País: “ou atiramos primeiro para a direita, conquistamos os nossos eleitores, e depois formamos o nosso exército e partimos em marcha para o centro (que é onde nos encontramos com os nossos adversários) e podemos crescer… ou então, vamos para o centro. E como o centro não existe, vamos ser confrontados por uma guerra sem quartel, podemos ser dizimados pelo nossos adversários e batemos em retirada para a direita – e esse espaço já foi preenchido.”

Na escolha de Francisco Rodrigues dos Santos que o CDS fez joga-se o futuro de um partido que pelo seu passado merece um futuro melhor. A direita da direita que se cuide. A esquerda da direita que se prepare. Ou então talvez não.

 A ver vamos Chicão.

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    Por Afonso Vaz Pinto :: 11:50 :: 0 Comentários

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