sábado, maio 09, 2020
O Trotskosta
O Socialismo está de volta. Mas o verdadeiro, o original, aquele da vindima de 1975. O diabo afinal vestiu Corona e à crise sanitária seguem-se a económica e a social e, logo depois, a política.
As peças do xadrez estão-se a posicionar. O PCP ocupa o espaço simbólico do 1º de Maio, o BE atira-se ao grande capital (nos dividendos e em tudo), o PS, através de Pedro Nuno Santos mostrou que ala esquerda do Governo está de volta e afirma, a propósito da TAP, que “a música agora é outra”.
O Primeiro Ministro, António Costa, confirmou ontem no Parlamento a posição de Pedro (o Lobo) sobre a TAP: “o Estado não meterá (…) um cêntimo que seja na TAP sem que isso signifique mais controlo e uma relação de poderes adequada a esse apoio que vier a conceder”.
As palavras falam por si e confirmam que a agulha de Costa guina à esquerda e o caminho que a Crise (a Revolução?) está a tomar poderá ter consequências ainda mais desastrosas do que aquelas que antecipamos.
As máscaras começam a cair.
A ala Esquerda do PS posiciona-se e vem-nos à memória uma música batida que soava assim “ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos a dívida” e se o fizermos “as pernas dos banqueiros alemães até tremem” (letra, Pedro Nuno Santos, música do PS).
À pergunta ‘onde estavas no 25 de abril’ vamos ter que juntar outras datas como o 11 de março, o 25 de novembro de 1975 ou outras mais recentes como o 6 de abril de 2011, dia em que o PS pediu a Troika e o 17 de maio de 2014, aquela em que o PSD e o CDS a mandaram embora.
Onde estaremos todos nas datas e nas opções, eis a questão do Verão Quente que se prepara. A resposta poderá esclarecer-nos já se teremos apenas mais 1 resgate como no Portugal de 2011-2014 ou 3 como a Grécia de 2010 a 2018.
Na política a música, agora, é a mesma.
Ou se gosta ou Trotskosta.
Etiquetas: #oreivainu; #trotskosta
Por Afonso Vaz Pinto ::
18:47 ::
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