Mar me quer
Não foi o único, mas foi certamente o jornalista mais importante do pós 25 de abirl. Não foi o único, mas foi o arquiteto daquele que é o mais importante jornal do país, o velho Expresso que deu lugar a um novo Expresso quando José António Saraiva rompeu com Balsemão e lançou o Sol. O mesmo jornal que chamou polvo a Sócrates e que teve uma providência cautelar para o impedir para ir para as bancas, num tempo não tão longíncuo assim de asfixia democrática.
Lia o José António Saraiva todas as semanas há centenas, talvez milhares, de semanas na crónica Política à Portuguesa (que depois no Sol tinha outro nome) na qual analisava, normalizava e atecipava o que se passa no país político e no país real.
Levei um soco no estomago ao me aperceber - já tão tarde como vejo agora que até os mais próximos - que já não vou ler mais o jornalista, arquiteto, politólogo, escritor Saraiva e fico triste por as pessoas boas irem tão cedo.