Mar me quer


       







                                                  

                                                                                                                                                              


                                                                     

sexta-feira, agosto 10, 2007

De cócocoras

Quem ventos semeia, tempestades escolhe. A expressão nem é bem esta mas serve p’ro enfeito. Quer diz o povão, que para determinado fim teve que haver ante um início. Falo disto, assim sem mais nem por quês, por entristecer cada vez que olho com olhos de não querer ver e constato que, como povo, estamos em disposição de macaco. Estamos de cócoras.
Depois de oito séculos somos um povo sem brio, sem certezas e ladrão. Somos o povo do jeitinho não parando sequer para pensar no preço do gesto. Somos o povo que não hesita em passar à frente dos tontos numa fila de carro, de hospital, de sala VIP. Somos corruptos, desonestos, não pagamos impostos, não gostamos de trabalhar. Damos até razão a macacos-grandes de que seria melhor fechar o negócio, sermos espanhóis. Já que estamos de cócoras que mal terá deitar?
Culpados para tanto mal? Os políticos seguem na frente, depois os desportivos dirigentes, seguem-se outros 10 milhões aqui, uns 5 milhões lá fora. São uns tais de compatriotas. “É mesmo à tuga” grunhem em coro. Outros macacos repetem e até nem são nacionais. Se o macaco diz que é mau que mal tem imitar?Para mau entendedor, uma palavra baixa: “levanta-te Portugal, de cócoras não podes ficar”.

    Por Afonso Vaz Pinto :: 15:43 :: 0 Comentários

    Comentar e ler comentários

    -------------------------------------