Mar me quer


       







                                                  

                                                                                                                                                              


                                                                     

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Lakota indepenquê?

No final da II guerra mundial os dois protagonistas da eminiente guerra fria, EUA e URSS, concordaram apenas num ponto: os povos colonizados pelos terríveis europeus tinham direito à independência e autodeterminação. Pouco depois quase todos esses povos foram visitados pelos dois lados e serviram de tabuleiro para as duas superpotências jogarem a sua guerra sem terem que sujar as mãos. É o real politik, o meu defeito de profissão (de politólogo), e a certeza de que tudo se joga no campo do poder e dos interesses em vez da romântica visão ideológica, moral e até sentimental com que a grande maioria das cabeças pensantes vê o mundo à sua volta.
Agora, a nação Lakota, índios quase levados à extinção pelos colonos da Terra Nova a que hoje damos o nome de Estados Unidos, pretende obter a independência perdida há 200 anos e acabar de vez com o colonialismo. E não será preciso muito para perceber que a visão é romântica, defensável em termos ideológicos, moralmente aceitável e completamente sentimental, mas a bom da verdade já se sabe que não passará de uma curiosidade num país em eleições que apenas faz o que qualquer povo faria nessa situação: só dará independência se isso lhe interessar e se não tiver o poder de o impedir... parece ser o caso.

    Por Afonso Vaz Pinto :: 11:23 :: 1 Comentários

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