i) Grupo, grupinho ou grupeta. Os três géneros do léxico português que mina qualquer tentativa de agregar um grande número de pessoas que se mova por um determinado objectivo (quando existe). Nada sobrevive aos pequenos grupos seja na política, nos negócios, nos amigos, etc. Se um grupinho diz A aparece logo outro que diz B e outro ainda que se aventura no AB e outras tantas grupetas que conseguem uma virtuosa sucessão de combinações que dão razão ao mito – que é um mau mito – de que o jardim à beira mar plantado não se governa nem se deixa governar. Se o grupinho é pequeno, pequenas são as ideias que dele sairão. É matemítico! ii) Depois da pequenez (em tamanho) dos grupos, grupinhos e grupetas vem a inveja e a maledicência, noutra expressão bem popular da “dor de cotovelo”. Assenta no bom e velho princípio de mandar abaixo tudo o que não tenha o meu dedinho metido, a minha opinião e o meu diz-que-disse. “Eu acho que”, “Na minha opinião própria”, “Na minha maneira de ver” são lugares comuns no vernáculo da mesa de café. iii) Desresponsabilização, fugir com o rabo à seringa, enfiar a seringa no rabo dos outros. Outro dos atributos necessários para esta equação. “Só neste país se diz só neste país” letra de uma bela cantiga define o todo, ou parte. A primeira pessoa do plural cai redonda perante a sentença do bom e velho “Tuga” (Ele, Eles), que não tem nome, não tem cara, mas CULPA... isso tem. Ele... e os políticos, claro. iv) Há ainda preciosidades bem latinas como “a antiguidade é um posto”, “quem está está, quem não está não está”, “ou estão comigo ou contra mim”. Se alguém anda fora dos grupinhos então corte-se-lhe o caminho. “Mais vale os grupinhos que a gente conhece porque mudar é que a gente não quer”. v) Para compor o ramalhete vem a confusão total, o bota-abaixo nacional, o linchamento dos que vão a cair e que se querem pôr de pé. Se governo X dá um passo ao lado, pimba, mais vale mudar, que isto é que é democracia porque houve tempo em que o mesmo ficou lá 40 anos, ou menos. vi) Silêncio é elogio. Esta não precisa de grande explicação. Alguém foi elogiado hoje? (Por acaso eu fui). Se não dizem nada continua assim, se falarem é p’ra fazer ximfrim.
Eis o manual que explica como António Borges (PSD) não chegará a primeiro-ministro de Portugal.
Ainda sem resultados definitivos... a oposição vai alimentando algumas esperanças. Um segundo Quénia? Não porque a disputa não é tribal... mas os ânimos vão começar a aquecer. Isso vão.
A frase é de Robert Mugabe, de 84 anos, presidente do país que já foi considerado a "Suiça" de África devido à sua prosperidade económica, paz social e transição exemplar do governo branco de Ian Smith para a democracia. Democracia que viverá este fim-de-semana mais uma fantuchada a levar a sério a frase que dá título a este post. Mais umas eleições, mais uma encenação.
Nota: Morgan Tsvangirai e Simba Makoni são os principais adversários de Robert Mugabe nas eleições de Domingo próximo. Video BCC World.
É sempre difícil saber qual o melhor livro que já se leu. Mas encontrar um "lote" com as melhores obras torna a tarefa mais simples. "O Amor nos tempos de Cólera", do escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez, está, sem dúvida, nessa lista. Ontem vi o filme que, apesar de não lhe chegar aos calcanhares, é película digna de registo. O livro (e o filme) conta a história de um amor eterno, como todos os amores verdadeiros, de dois jovens (Florentino Ariza e Fermina Daza) numa cidade latino-americana de finais do século XIX fustigada pela cólera. A título de curiosidade foi com uma transcrição deste livro que iniciei este blog.
Quando coisas do coração Não conseguem compreender Minha mente não faz questão E nem tem forças pra obedecer
Quantos sonhos já destrui E deixei escapar das mãos Se o futuro é se permitir Não pretendo viver em vão
Meu amor, não estamos sós Tem um mundo a esperar por nós No infinito do céu azul Pode ter vida em Marte
Então, vem cá me dá a sua lingua Então vem, eu quero abraçar você Seu poder vem do sol Minha medida Então vem, vamos viver a vida Então vem, senão eu vou perder quem sou Vou querer me mudar para uma life on mars
Imagem de rosto do 'Mar me quer' cedida por Bernardo SC
Chapas
Inhaca - Namaacha, Moçambique 2001
Namaacha, 2001 (AVP) e (Ingrid)
Ilha de Moçambique (AVP) e Pemba, 2002 Moholoholo, África do Sul, 2005 (AVP)
Murchison Falls, Uganda, 2006
Murchison Falls, Uganda, 2006
Entebbe, Uganda, 2006
Eu, há muitos anos
Pemba 2002 Momemo 2003 (Moçambique) e Gambozinos 2005 (Ponte de Lima)