Mar me quer


       







                                                  

                                                                                                                                                              


                                                                     

segunda-feira, janeiro 31, 2011





    Por Afonso Vaz Pinto :: 11:58 :: 0 Comentários

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          terça-feira, janeiro 18, 2011

          Metade




          Que a força do medo que tenho
          Não me impeça de ver o que anseio

          Que a morte de tudo em que acredito
          Não me tape os ouvidos e a boca
          Porque metade de mim é o que eu grito
          Mas a outra metade é silêncio.

          Que a música que ouço ao longe
          Seja linda ainda que tristeza
          Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
          Mesmo que distante
          Porque metade de mim é partida
          Mas a outra metade é saudade.

          Que as palavras que eu falo
          Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
          Apenas respeitadas
          Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
          Porque metade de mim é o que ouço
          Mas a outra metade é o que calo.

          Que essa minha vontade de ir embora
          Se transforme na calma e na paz que eu mereço
          Que essa tensão que me corrói por dentro
          Seja um dia recompensada
          Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

          Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

          Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
          Que eu me lembro ter dado na infância
          Por que metade de mim é a lembrança do que fui
          A outra metade eu não sei.

          Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
          Pra me fazer aquietar o espírito
          E que o teu silêncio me fale cada vez mais
          Porque metade de mim é abrigo
          Mas a outra metade é cansaço.

          Que a arte nos aponte uma resposta
          Mesmo que ela não saiba
          E que ninguém a tente complicar
          Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
          Porque metade de mim é platéia
          E a outra metade é canção.

          E que a minha loucura seja perdoada
          Porque metade de mim é amor
          E a outra metade também.

          Oswaldo Montenegro


            Por Afonso Vaz Pinto :: 12:30 :: 1 Comentários

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                  segunda-feira, janeiro 17, 2011

                  'Bye bye Khartoum'?




                  AFP: "A missão de observadores enviada pela União Europeia (UE) para acompanhar o referendo de independência do Sudão do Sul afirmou nesta segunda-feira que a votação foi "pacífica e crível", dois dias após o fechamento das urnas.
                  Para definir o referendo, "os termos que melhor correspondem são pacífico e crível", indicou Veronique de Keyser, chefe da missão.
                  "Se eu tivesse que resumir o modo como o referendo aconteceu, diria que foi uma votação livre e pacífica", estimou.
                  Os sudaneses do sul compareceram em massa à votação, que começou no dia 9 de janeiro e terminou no último sábado. Agora, aguardam pela divulgação dos resultados oficiais do referendo
                  ".

                  E agora, a primeira cisão africana pós-descolonização ou nova guerra?


                    Por Afonso Vaz Pinto :: 12:22 :: 0 Comentários

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                          domingo, janeiro 16, 2011

                          Não, a culpa não é dos políticos

                          O país vive em crise. Uma crise que nos acompanha desde que somos pequenos. Uma palavra que nos assombra desde que fomos grandes, como país. Num século, quatro regimes. Três deles caíram porque os políticos eram maus, os culpados. O quarto abana, perante o problema que atravessou o século: défice, em mais palavras, gastar mais do que se ganha.
                          Em qualquer mesa de café, em qualquer cabecinha pensadora, o diagnóstico persiste: os políticos são maus, logo, temos que os mudar. Mandar abaixo tudo e começar de novo, de preferência a uma segunda-feira.
                          Não, a culpa não é das empresas, incompetentes e pequenas, irreais e obsoletas.
                          Não, a culpa não é da comunicação social, que faz de um crime em Nova Iorque mais um episódio de um reality show transmitido em directo de Cantanhede.
                          Não, a culpa não é dos que fogem aos impostos, se endividam para ir passar umas férias numa espelunca em Bora-Bora, vêem no carro o seu estatuto social e são brugeços, mas é chato dizer-lhes na cara.
                          Não, a culpa não é dos que dão o subtil passozinho atrás e berram "só neste país", os que só encontrarem defeitos e querem viver como suecos sem deixarem de se comportar como labregos.
                          Não, a culpa não é dos que fazem opinião nos jornais e na televisão, sempre prontos a mostrar a luz porque não admitem faltar-lhes a coragem para se alistar num partido, ONG ou associação e contribuir de facto, não de boca.
                          Enquanto isso, enquanto não encontro culpados, olho à volta e assisto à aniversariante sic-notícias fazer um especial de uma hora sobre... a demissão do presidente de um clube de futebol. Não, a culpa não é só dos políticos.


                            Por Afonso Vaz Pinto :: 01:35 :: 0 Comentários

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                                  sexta-feira, janeiro 14, 2011





                                    Por Afonso Vaz Pinto :: 18:41 :: 0 Comentários

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                                          terça-feira, janeiro 11, 2011

                                          Africando



                                          Boa viagem...


                                            Por Afonso Vaz Pinto :: 22:57 :: 0 Comentários

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                                                  sexta-feira, janeiro 07, 2011

                                                  Longa vida


                                                  De notar que, no que toca a longevidade, são as diferentes Fé(s), que falam Verdade às pessoas... não as Oprahs, os Doctor Phills, o Joggings, e mais algumas Filosofias associadas... se aplicarmos este exemplo a outros campos de reflexão poderemos ter algumas surpresas no que toca a quem nos fala Verdade e quem nos conta Mentiras.


                                                    Por Afonso Vaz Pinto :: 11:07 :: 5 Comentários

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                                                          quarta-feira, janeiro 05, 2011

                                                          Malangatana 1936-2011


                                                          Foto: Xanovsky (Flickr)

                                                          Morreu Malangatana, pintor Moçambicano

                                                          Os rabiscos inconfundíveis de Malangatana ficarão para sempre como uma marca não só do excelente artista que foi como do movimento artístico e do próprio povo moçambicano. Há uns anos tropecei no artista, no aeroporto do Maputo e pedi-lhe um autógrafo (não sou de autógrafos mas sabia que os dele eram diferentes). Fez-me um desenho. Dei-lhe em troca o melhor que posso e sei: um obrigado e um sorriso. O mundo vai ficar menos "colorido" sem Malangatana.



                                                            Por Afonso Vaz Pinto :: 12:45 :: 0 Comentários

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                                                                  terça-feira, janeiro 04, 2011

                                                                  Estamos juntos?



                                                                    Por Afonso Vaz Pinto :: 19:31 :: 0 Comentários

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