terça-feira, janeiro 26, 2016
Finalmente Marcelo
O clima destas presidenciais sempre foi o de uma reeleição. Este "Marcelo contra o resto do mundo" ficou resolvido à primeira volta com um nível de abstenção alto (típico de uma reeleição), com um candidato forte e mais 9 pálidas figuras (também típico de uma reeleição) e com uma distância gigantesca para o segundo candidato da geral (Nóvoa era a típica 2ª figura de uma reeleição, e quanto ao PS esteve à altura daquilo em que se transformou nos últimos meses).
O Presidente-Eleito fez uma campanha limpa, simples, enxuta. À direita pediu silêncio, uma espécie de eu-sei-que-tu-sabes-que-eu-sei-que-tu-sabes-que-eu-sei-pcht-tá-calado. E só não viu isto quem não quis. À esquerda, piscou o olho, piscou os dois, fez olhinhos, e assim conquistou o centro esquerda que tem andado com os olhos tortos desde que o seu voto serviu para validar a actual solução (!) governativa.
Ao contrário do que muito se disse (da esquerda à direita), Marcelo foi sempre o mais claro dos candidatos: é Democrata, Social Democrata, Cristão, Patriota (para mim estas bastam) e vem contribuir - na medida das suas possibilidades - para que Portugal possa ter solução... para a tal solução (!!!) governativa.
Quanto às típicas acusações de que é errático e instável e
mais não sei o quê, parece-me a mim que Marcelo sempre foi muito claro nas ideias que defende e nos princípios em que se baseia. Foi, sem dúvida, o melhor líder da oposição, em 40 e tal anos de Democracia. Garantiu estabilidade a um sistema que, infelizmente, apenas funciona com maioria absolutas (e que pede estes tiques absolutistas-a-prazo como o que vivemos com esta esquerda).
Ao fim de muitos anos de espera consegui votar em Marcelo Rebelo de Sousa. E foi o voto mais fácil e mais convicto que tive como cidadão (com excepção para o NÃO nos referendos do Aborto, uma conquista de Marcelo, aliás).
Long live
mista President!
Há quase dois anos Marcelo "invadia" o Congresso do PSD em Lisboa para dar o primeiro passo no caminho para Belém. Na altura escrevi isto:
«E Marcelo desceu ao Coliseu. Para além de desembarretar a carapuça do "catavento de opiniões erráticas", o "desvio" do Táxi do Professor para o Congresso do PSD acabou por o confirmar com possível, se não provável, candidato presidencial em 2016. A fazer lembrar a rodagem do Citroen de Cavaco, Marcelo conseguiu levantar o Coliseu, dar uma no cravo, outra na ferradura e ao mesmo tempo marcar a bandeirada para a corrida a Belém. Que o digam Santana ou Durão ou um candidato tipo Nobre que ainda esteja num bolso esconso de Passos. Marcelo foi lá dizer que "cá dentro ou lá fora" ainda tem mãos para um verde e preto e que, bandeiradas à parte, o taxímetro está a contar...»
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aqui.
Etiquetas: #PolíticaPortugal
Por Afonso Vaz Pinto ::
11:59 ::
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