Antes do mais. Claro que estou contente que um conterrâneo meu assuma um cargo como o de secretário-geral da ONU. E claro que não vou começar a prosa por equacionar se isto é bom ou mau para Portugal, da mesma maneira que não penso se terá sido bom ou mau para os ugandeses que Kofi Annan ou para os vietnamitas, que Ban Ki-moon, tenham ocupado o cargo. Nota: o primeiro é do Gana (não do Uganda), o segundo da Coreia do Sul (não do Vietnam). O facto de a grande maioria das pessoas não fazer ideia de onde eles são comprova que a bandeira não conta para o campeonato.
Primeiro. O mundo precisa, antes de mais, de calma. Muita calma. Nessa medida a Acalmação (não de aclamação pá) de António Guterres é, necessariamente, uma boa escolha. Melhor que as senhoras búlgaras, que vinham do olho do furacão (o Leste da Europa) de futuras (?) tempestades bélicas.
Segundo. A ONU é a casa da democracia e da diplomacia internacional, para os que não a conhecem. Um ninho de víboras e a função pública do mundo, para os que a conhecem e não gostam dela. O-que-se-arranja, para todos os outros. António Guterres não será a solução mas também não será uma fonte de problemas.
Terceiro. O SG da ONU é uma rainha de Inglaterra ou, se preferirem, um Procurador Geral da República que pinta pouco no concerto (real) das nações. Ainda assim é uma voz autorizada. Veremos se se vai fazer ouvir.
Quarto. Um Católico numa casa que é pouco amiga de tudo o que é cristão (UNICEF e planeamento familiar à cabeça) não deixa de ser um bom contra-ponto. Go Guterres go go go.
Quinto e último. Política e passado à parte, António Guterres é uma boa escolha para SG da ONU. Fez um caminho coerente para lá chegar e com os anos de Alto Comissário para os Refugiados fala a língua que interessa num tempo que precisa de soluções concretas nesse domínio.
O filme The Power of One (O Poder de um Jovem) tem a mais profunda e comovente banda sonora de filmes sobre África. Conheci-a muito antes de ver o filme. Foi feita por Hans Zimmer, com contributos tão importantes como de Lebo M. - com quem trabalhou mais tarde no Rei Leão -, Johnny Clegg ou o misterioso The Bulawayo Church Choir).
Gostar de uma música é uma coisa. Ter uma música (ou uma obra) como parte integrante da banda sonora das nossas vidas é outra coisa completamente diferente. A banda sonora do filme The Power of One é um desses discos. Consegui finalmente encontrar um LP em vinil (maravilhas da néite). Que som... fecho os olhos e estou lá.
A obra completa, aqui em baixo:
YouTube: Soundtrack: The Power of One full score - Hans Zimmer
Em baixo uma versão ao vivo de The Rainmaker.
YouTube: The Rainmaker & Power of One (Kokopelli Choirs)
Imagem de rosto do 'Mar me quer' cedida por Bernardo SC
Chapas
Inhaca - Namaacha, Moçambique 2001
Namaacha, 2001 (AVP) e (Ingrid)
Ilha de Moçambique (AVP) e Pemba, 2002 Moholoholo, África do Sul, 2005 (AVP)
Murchison Falls, Uganda, 2006
Murchison Falls, Uganda, 2006
Entebbe, Uganda, 2006
Eu, há muitos anos
Pemba 2002 Momemo 2003 (Moçambique) e Gambozinos 2005 (Ponte de Lima)